Em 1888, Edison já estava consideravelmente rico com a comercialização de seu fonógrafo, entre outros negócios rentáveis. Contava em West Orange com uma equipe de pesquisadores sem igual trabalhando sob sua direção: Charles Batchelor, Fred e John Ott, Charles Brown, Eugène Lauste e William Kennedy Laurie Dickson, entre outros.

Dickson, um jovem fotógrafo e engenheiro de muita imaginação, que trabalhava para Edison desde 1882, estava encarregado da construção do quinetoscópio descrio no requerimento de previlégio de 8 de Outubro de 1888. Era uma tarefa difícil: o texto trazia especificações precisas, mas não se tinha certeza de que o fonógrafo óptico pudesse realmente funcionar. Segundo Edison, o que se fazia necessário era fotografar uma cena qualquer através de uma lente microscópica, periodicamente bloqueada por um obturador. As sucessivas fotografias microscópicas deveriam então ser expostas em espiral em torno de um cilindro sensibilizado e rotativo. Desse modo poder-se-iam produzir, ainda segundo Edison, 42 mil imagens minúsculas, distribuídas por toda a superfície do cilindro.
(Na França pouco depois, Georges Demenÿ foi também o inventor de um fonógrago óptico, patenteando como um aditivo com data de 25 de agosto de 1892).
William Kennedy Laurie Dickson nasceu em 3 de agosto de 1860 em Minihic-sur-Rance, Brittany, França. Descendente de escoceses e ingleses, Dickson, morreu em 28 de setembro de 1935.
Em fevereiro de 1889, os laboratórios Edison destinaram um fundo para o financiamento das pesquisas com fotografia animada. Em junho, com a assistência de Charles A. Brown, Dickson começou a trabalhar no assunto, no Laboratory Room , aguardando a construção do Photographic Building, um pequeno prédio de um andar exclusivamente destinado a suas pesquisas, e afinal concluído em fins de 1889. Entretanto, as pesquisas de ambos não progrediam, a despeito dos sucessivos requerimentos de privilégio feitos por Edison, que não raro se mostrava impaciente e sarcástico, como neste bilhete para Dickson, em 21 de fevereiro de 1889: "Quando vou receber o equipamento microfotográfico da Zeiss que você pediu há tanto tempo? Antes de 1890?"
Por volta de junho de 1889, Dickson e Brown provavelmente fizaram algumas tentativas de tomadas de vista com um cilindro revestido de celulóide. Esse foi um ano em que as pesquisas ficaram atoladas em areia movediça. Edison achava-se num beco sem saída com o fonógrafo e suas imagens microscópicas, que nunca funcionou satisfatoriamente tanto na análise quanto na síntese. Mas, em novembro de 1889, dá-se uma reviravolta completa: Edison abandona seu fonógrafo óptico e adota o processo de cronofotografia em tira sensibilizada, preconizada por Merey desde 1888. E acrescenta um elemento essencial, possivelmente influenciado por Émile Reynaud: a perfuração. [...]
"As a fatherless teenager of 19, Dickson had read about Edison from London newspaper in 1879. He sent a telegram to the inventor two years later, asking for work in the famous Menlo Park laboratory. Edison curtly said no. But in 1883, Dickson gathered the fare for an ocean linear and came to the States anyway, with experience in amateur photograpy, Dickson found a quiet place under Edison's roof and waited for an opportunity. In 1888, he was assigned to examine the progress of photographer Eaydward Muybridge, and other various rivals inventors who were recording motion. Dickson took the task with zeal and explored every facet of the new technique."
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