Friday, September 19, 2008

Edison e seus "filmes pelo buraco da fechadura" - Parte 2

Extraído do livro "A Grande Arte da Luz e da Sombra", de Laurent Mannoni

A Via Marey

Edison foi convidado para ir a exposição Universal, em Paris, inaugurada em 6 de maio de 1889 pelo presidente da República, Sadi Carnot. Ele deixou os Estados Unidos em 3 de agosto. Durante sua permanência na capital francesa, foi levado a praticamente todos os lugares, e não pôde evitar, segundo suas próprias palavras, "a comida francesa", que lhe causou alguns inconvenientes gástricos: Fui muito festejado, muito alimentado", acrescentará ele mais tarde. Em 19 de agosto, visitou a Académie des Sciences, em companhia de Jules Janssen. E evidentemente foi levado à Torre Eiffel, então recém-inaugurada.

Em companhia de Marey, que lhe serviu de guia, Edison fez uma visita à exposição francesa de fotografia, no primeiro andar do Palais des Arts Libéraux [Palácio das Artes Liberais]. Mais de trezentos participantes expunham seus trabalhos e aparelhos, entre eles Eugène Pirou, futuro empresário de cinema, Nadar com suas ampliações fotográficas em papel Eastman, os irmãos Lumière e suas chapas de brometo gelatinoso, Janssen, com fotografias astronômicas, e Londe exibindo imagens do hospital Salpêtri. E, naturalmente, Marey o conduziu ao estande da cronofotografia, assim descrito por um contemporâneo:

O Sr. Marey mostrou uma série de fotografias notáveis feitas no Institut Physiologique do Parc des Princes, que lhe permitiram fixar com exatidão as regras do vôo dos pássaros e as diversas posições do homem ou do cavalo em diferentes passos.

Teria ele visto também (na seção de brinquedos) os praxinoscópio e a primeira versão do teatro óptico de Émile Reynaud, supondo-se que este último aparelho estivesse realmente em exposição? É difícil afirmar. Mas a influência de Marey, que lhe mostrou suas tiras cronofotográficas e suas câmeras, parece evidente.

Convencido de que o cilindro fotográfico era um beco sem saída, Edison retornou a West Orange em 6 de outubro e redigiu com mão de mestre um novo requerimento de pervilégio que refletia claramente a "influência francesa", segundo a expressão de Gordon Hendricks. Nesse texto, datado de 2 de novembro de 1889, Edison descreveu um filme emulsionado e transparente, perfurado dos dois lados como nas tiras do "telégrafo automático de Wheatstone" (nunhuma menção foi feita às patentes francesa e inglesa de Reynaud, requeridas em dezembro de 1888; Marey tampouco foi citado). Essa película correria entre duas bobinas no foco de uma objetiva, com uma roda dentada penetrando nas perfurações da tira, para tracioná-la uniformemente. Estamos longe do fonógrafo óptico de cilindro e bem à frente do processo cronofotográfico de Merey, que não utilizava tiras perfuradas e não dispunha de um sistema de arrasto tão regular.

Por volta de 2 setembro de 1889, Dickson encomendou alguns rolos de filme Kodak a George Eastman; voltou a fazer a encomenda em novembro, sem dúvida por exigência de Edison. Assim, no final do ano de 1889 estava tudo pronto para o início da produção de filmes cronofotográficos no Photographic Building de West Orange. E no entanto as pesquisas caminhavam muito lentamente, até porque a fotografia animada era apenas um dos muitos assuntos que interessavam Edison, e uma vez mais na direção errada. No mês de novembro de 1890, ao que parece, Dickson e Brown conseguiram fazer três Monkeyshines (tentaivas experimentais, macaquices, palhaçadas), enrolando um filme celulóide em torno de um cilindro. Esses "filmes" ainda existem, e mostram centenas de fotografias minúsculas de um homem em fundo preto (possivelmente G. Sacco Albanese, um empregao de Edison), agitando os braços como num exercício atlético.

O Quinetoscópio de Filme Perfurado.

Entre novembro de 1890 e o início de 1891, Edison corrigiu o rumo e instou Dickson a seguir as diretrizes do requerimento de previlégio de 2 de novembro de 1889.

Tuesday, September 16, 2008

W. K. L. Dickson

Extraído do livro "A Grande Arte da Luz e da Sombra", de Laurent Mannoni

Em 1888, Edison já estava consideravelmente rico com a comercialização de seu fonógrafo, entre outros negócios rentáveis. Contava em West Orange com uma equipe de pesquisadores sem igual trabalhando sob sua direção: Charles Batchelor, Fred e John Ott, Charles Brown, Eugène Lauste e William Kennedy Laurie Dickson, entre outros.  

Dickson, um jovem fotógrafo e engenheiro de muita imaginação, que trabalhava para Edison desde 1882, estava encarregado da construção do quinetoscópio descrio no requerimento de previlégio de 8 de Outubro de 1888. Era uma tarefa difícil: o texto trazia especificações precisas, mas não se tinha certeza de que o fonógrafo óptico pudesse realmente funcionar. Segundo Edison, o que se fazia necessário era fotografar uma cena qualquer através de uma lente microscópica, periodicamente bloqueada por um obturador. As sucessivas fotografias microscópicas deveriam então ser expostas em espiral em torno de um cilindro sensibilizado e rotativo. Desse modo poder-se-iam produzir, ainda segundo Edison, 42 mil imagens minúsculas, distribuídas por toda a superfície do cilindro. 
(Na França pouco depois, Georges Demenÿ foi também o inventor de um fonógrago óptico, patenteando como um aditivo com data de 25 de agosto de 1892).

William Kennedy Laurie Dickson nasceu em 3 de agosto de 1860 em Minihic-sur-Rance, Brittany, França.  Descendente de escoceses e ingleses, Dickson, morreu em 28 de setembro de 1935.

Em fevereiro de 1889, os laboratórios Edison destinaram um fundo para o financiamento das pesquisas com fotografia animada. Em junho, com a assistência de Charles A. Brown, Dickson começou a trabalhar no assunto, no Laboratory Room , aguardando a construção do Photographic Building, um pequeno prédio de um andar exclusivamente destinado a suas pesquisas, e afinal concluído em fins de 1889. Entretanto, as pesquisas de ambos não progrediam, a despeito dos sucessivos requerimentos de privilégio feitos por Edison, que não raro se mostrava impaciente e sarcástico, como neste bilhete para Dickson, em 21 de fevereiro de 1889: "Quando vou receber o equipamento microfotográfico da Zeiss que você pediu há tanto tempo? Antes de 1890?"

Por volta de junho de 1889, Dickson e Brown provavelmente fizaram algumas tentativas de tomadas de vista com um cilindro revestido de celulóide. Esse foi um ano em que as pesquisas ficaram atoladas em areia movediça. Edison achava-se num beco sem saída com o fonógrafo e suas imagens microscópicas, que nunca funcionou satisfatoriamente tanto na análise quanto na síntese. Mas, em novembro de 1889, dá-se uma reviravolta completa: Edison abandona seu fonógrafo óptico e adota o processo de cronofotografia em tira sensibilizada, preconizada por Merey desde 1888. E acrescenta um elemento essencial, possivelmente influenciado por Émile Reynaud: a perfuração. [...]


"As a fatherless teenager of 19, Dickson had read about Edison from London newspaper in 1879. He sent a telegram to the inventor two years later, asking for work in the famous Menlo Park laboratory. Edison curtly said no. But in 1883, Dickson gathered the fare for an ocean linear and came to the States anyway, with experience in amateur photograpy, Dickson found a quiet place under Edison's roof and waited for an opportunity. In 1888, he was assigned to examine the progress of photographer Eaydward Muybridge, and other various rivals inventors who were recording motion. Dickson took the task with zeal and explored every facet of the new technique."

Monday, September 15, 2008

Edison e seus "filmes pelo buraco da fechadura" - Parte 1

Extração do livro "A grande Arte da Luz e da Sombra",  de Laurent Mannoni

Os norte-americanos consideram Thomas Alva Edison (1847-1931) o inventor do cinema, em termos de técnica, espetáculo e indústria. Essa opinião um tanto xenófoba deve ser nuançada. Não apenas é preciso levar em conta trabalhos anteriores, mas é necessário saber também que o encontro de Edison com a projeção cinematográfica, que ele planejava desde o início de suas pesquisas, acabou afinal não acontecendo. Entretanto, é evidente que a obra de Edison no domínio das moving pictures é de primordial importância; e a historiografia francesa, ela também intencionalmente chauvinista, tem com frequência dificuldade em admiti-lo. 

O quinetoscópio (kinetoscope), cujo nome aparece nos escritos de Edison em 1888, só foi explorado comercialmente em 1894. Tratava-se de um visor individual, na tradição das caixas ópticas do século XVIII. Mas, através do visor do quinetoscópio, podia-se 
ver um filme cronofotográfico em 35 mm  (formato que ainda hoje é utilizado, em cores ou preto-e-branco, mudo ou sonoro), representando uma pequena comédia animada, uma cena esportiva ou artística, interpretadas por atores de verdade ou figurantes. Será que compreendemos bem, na França, a importância desse acontecimento? A cronofotografia de Marey, nas mãos de Edison, deixou de ser puramente científica para tornar-se um verdadeiro espetáculo popular, que era o sonho de Demenÿ. Um espetáculo para voyeur, de uso individual, sem prejeção, na forma de uma máquina a tostão, permitindo que se ganhasse muito dinheiro. Esse argumento financeiro vai acelerar rapidamente a corrida para a invenção do projetor cronofotográfico com película de 35 mm.

O quinetoscópio de 1891 tinha quase a forma definitiva do aparelho de 1894. Era uma caixa de madeira (o modelo fabricado em 1894 media cerca 1,23m de altura; as laterais, às vezes decoradas, tinham 68,5 cm por 45,5 cm; todo o equipamento pesava aproximadamente 75kg). Olhava-se o interior graças a uma abertura existente na parte de cima da caixa. Uma lente ampliava as imagens do filme, que corria a grande velocidade e de maneira contínua, e não intermitentemente, como no quinetógrafo. A película (em torno de 15 m de comprimento, contendo cerca de 750 fotografias sucessivas), disposta em "anéis", fazia um percurso complicado, sobre uma série de rolos colocados no interior da caixa (9 rolos na patente de 1891, 18 no modelo definitivo de 1894, sem cortar os 2 rolos dentados que tracionavam o filme).

Edison e o Fonógrafo Óptico

É desnecessário resumir a vida de Edison: ela foi contada várias vezes, frequentemente de maneira hagiográfica. Sabemos que ele representa o ideal norte-americano do self-made man autodidata, tendo começado a vida como vendedor de jornais, para terminá-la à frente de uma poderosa indústria. Foi coberto de apelidos extravagantes: "maior inventor de todos os tempos", "o mago de Menlo Park", "o iluminador universal", "o mago elétrico". Mas deve-se a ele a invenção do fonógrafo, a despeito de certos precedentes - Léon Scott de Martainville (1857) ou Charles Cros (1877), por exemplo. Sem contar o misterioso aparelho usado por George Sand em fevereiro de 1870, e que não pode ter sido a máquina de Edison, que só foi inventada sete anos mais tarde:

Acabo de comprar uma caixa de música... Foi dispendiosa, mas digna de teu teatro, pode executar o sério e o alegre, as canções tristes, as canções de dança, os cantos patéticos, as vozes humanas. Numa peça séria, poderia tocar a abertura; uma prancha para colocar o instrumento e ele vai sozinho. Acredita-se ouvir uma pequena orquestra, e os sons são muito bonitos (George Sand, carta a seu filho, datada 3 de fevereiro de 1870, em Correspondence, vol. XXI).

Abandonemos esse enigma aos historiadores do som e não diminuamos o mérito de Edison, que é certo. O fonógrafo está de certo modo, aliás, na origem das pesquisas do inventor norte-americano em torno da imagem animada. Edison também foi influenciado por Eadweard Muybridge, que fez uma de suas conferências ilustradas pelo zoopraxiscópio em West Orange, Nova Jersey (a cidade onde estavam instalados os laboratórios de Edison), em 25 de fevereiro de 1888. Dois dias mais tarde, Muybridge visitou Edison, e ambos discutiram a possibilidade de unir as fotografias animadas ao fonógrafo. Essa versão dos fatos seria posteriormente desmentida por Edison: "Muybridge veio ao laboratório para me mostrar uma imagem de uma cavalo em movimento - nada foi dito a respeito do fonógrafo". Mas as palavra de Edison nem sempre são confiáveis. O artigo de um jornalista contemporâneo, publicado no New York World em 3 de junho de 1888, é bem claro a propósito da visita de Muybridge:

O Sr. Edison diz que o professor Muybridge, o fotógrafo dos instantâneos, fez-lhe uma visita recentemente e propôs-lhe uma combinação que, uma vez obtida, abrirá um campo quase infinito para a instrução e o divertimento. O fotógrafo declarou que recentemente  realizara uma séries de experiências e aperfeiçoara uma dispositivo fotográfico graças ao 
qual poderia reproduzir com exatidão o gesto e a expressão facial, por exemplo, do Dr.  Blaine, no ato de fazer um discurso. Isso foi feito, disse ele, tirando-se 60 ou 70 fotografias instantâneas de cada posição assumida pelo orador e em seguida projetando-as numa tela por meio de uma lanterna mágica. Ele propôs ao sr. Edison o uso do fonógrafo em conexão com seu invento. Fotografias de Edwin Booth como Hamlet, de Lillian Russel em algumas de suas canções e de outros artistas distintos deveriam ser testadas. O sr. Edison, disse ele, poderia produzir com seu instrumento os sons da voz, enquanto ele, Muybridge, fornecia os gestos e a expressão facial. Essa idéia ganhou a aprovação do sr. Edison, que decidiu levá-la a cabo em suas horas de folga. (New York World, 3 de junho de 1888, apud Charles Musser, The Emergence of Cinema: The American Screen to 1907).

Mas Edison não parece ter se interessado pelo método de tomadas de vista empregado por Muybridge. O que na verdade tinha em mente era uma espécie de fonógrafo óptico. E antes mesmo de construí-lo já lhe buscava um nome: monógrafo parecia-lhe perfeito, mas seu advogado de patentes, Eugene A. Lewis, após ter consultado o ex-governador  e erudito Daniel H. Chamberlain, aconselhou-o a adotar o nome quinesígrago. Contudo, esse termo já vinha sendo usado pelo inglês Wordsworth Donisthorpe: seu quinesígrafo de 1878 consistia na tomada de fotografias sucessivas de objetos em movimento por meio de uma câmera e um fonógrafo conjugados. Com isso, ele pretendia exibir na tela "uma imagem falada do sr. Gladstone". É bem possível, aliás, que o aparelho de Donisthorpe também tenha influenciado Edison. Assim, não sendo possível usar exatamente o nome do quinesígrafo, Edison optou por quinestoscópio [do grego kinétos, "movimento", skopeô, "eu olho"],  para designar o visor, e quinetógrafo para o aperelho de tomada de vistas.  Em 8 de outubro de 1888, Edison fez um requerimento de previlégio de invenção, isto é, um primeiro esboço de patente, sem o mesmo status legal de uma verdadeira patente:

Estou experimentando um instrumento que faz para o olho o que o fonógrafo faz para o ouvido, que é o registro e a reprodução de objetos em movimento, e de uma forma tal que seja ao mesmo tempo barato, prático e conveniente. Chamo esse aparelho de Kinetoscope "Moving View".

Em 1 de Outubro de 1888, é preciso lembrar, Marey anunciara o princípio de seu método fotocronográfico" à Académie des Sciences de Paris, e em 29 de Outubro do mesmo ano apresentara seus primeiros filmes em tiras sensibilizadas. O fisiologista estava portanto muito adiante de Edison, que apenas começava a mostrar algum interesse pela fotografia do movimento. 
     O historiador norte-americano Gordon Hendricks, em duas obras fundamentais publicadas em 1961 e 1969, reconstituiu com grande exatidão toda a história da invenção do quinetoscópio. Mais recentemente, Charles Musser estudou notavelmente a atividade da Edison Manufacturing Company. Assim, as informações que aqui trazemos provêm desses excelentes estudos, a que juntamos o ponto de vista da imprensa francesa e dados inéditos a propósito do quinetoscópio na França. Foi esse um momento histórico importante, posto que o aparelho de Edison teve significativa influência sobre as pesquisas francesas em torno da imagem em movimento.

Edison and the Kinetoscope

"The key to Edison's fortune was telegrahy. With knowledge gained from years of working as a telegraph operator, he learned the basics of electricity. This allowed him to make his early fortune with the stock ticker, the first electricity-based broadcast system. Edison patented the sound recording and reproducing phonograph in 1878. Edison was also granted a pantent for the motion picture camera or 'Kinetograph'. He did the electromechanical design, while his employee W. L. Dickson, a photographer, worked on the photographic and optical develpment.  Much of the credit for the inventions belongs to Dickson. In 1891, Thomas Edison built a Kinetoscope, or peep-hole viewer. This device was installed in penny arcades, where people could watch short, simple films. The kinetograph and kinetoscope were both first publicly exhibited May 20, 1891."

"On August 9, 1892, Edison received a patent for a two-way telegraph. In April 1896, Thomas Armat's Vitascope, manufactured by the Edison factory and marketed in Edison's name, was used to project motion pictures in public screenings in New York City. Later he exhibited motion pictures with voice soundtrack on cylinder recordings, mechanically synchronized with the film. "

Officially the kinetoscope entered  in Europe when the rich American Businessman Irving T. Bush (1869-1948) bought from the Continental Commerce Company of Franck Z. Maguire and Joseph D. Bachus a dozen machines. Bush placed from October 17, 1894 on the first kinetoscopes in London. At the same time the French company Kinétoscope Edison Michel et Alexis Werner bought these machines for the market in France. In the last three months of 1894 The Continental Commerce Company sold hundreds of kinetoscopes in Europe (i.e. the Netherlands and Italy). In Germany and Austria-Hungary the kinetoscope was introduced by the Deutsche-österreichische-Edison-Kinetoscop Gesellschaft, founded by the Ludwing Stollwerck of the Schokoladen-Süsswarenfabrik Stollwerck & Co of Cologne. The first kinetoscopes arrived in Belgium at the Fairs in early 1895. The Edison's Kinétoscope Français, a Belgium company, was founded in Brussels on January 15, 1895 with the rights to sell the kinetoscopes in Monaco, France and French colonies. The main investors in this company were Belgians industrialists. On May 14, 1895 the Edison's Kinétoscope Belge was founded in Brussels. The businessman Ladislas-Victor Lewitzki, living in London but active in Belgium and France, took the initiative in starting this business. He had contacts with Leon Gaumont and the Americans Mutoscope and Biograph Co. In 1898 he also became shareholder of the Biograph and Mutoscope Company for France." 

"In 1901, he visited the Sudbury area as a mining prospector, and is credited with the original discovery of the Falconbridge ore body. His attempts to actually mine the ore body were not sucessful, however, and he abandoned his mining claim in 1903. A street in Falconbridge, as well as the Edison Building, which served as the head office of the Falconbridge Mines, are named after him."

"In 1902, agents of Thomas Edison bribed a theater owner in London for a copy of A Trip to the Moon by George Méliès. Edison then made hundreds of copies and showed them in New York City. Méliès received no compensation. He was counting on taking the film to US and recapture the huge cost of it by showing it throughout the US when he realized it has already been showing in the US by Edison. This bankrupted Méliès. Other exhibitors similarly routinely copied and exhibited each others films. To better protect the copyrights on his films, Edison deposited prints of them on long strips of photographic paper with the U.S. copyright office. Many of these paper prints survived longer and in better condition than the actual films of that era."

Edison's favorite movie was The Birth of a Nation . He thought that talkies had "spoiled everything" for him. "There isn't any good acting on the screen. They concentrate on the voice now and have forgotten hoe to act. I can sense it more than you because I am deaf."

"In 1908, Edison started the Motion Picture Patents Company, which was a conglomerate of nine major film studios (commonly known as the Edison Trust). Thomas Edison was the first honorary fellow of the Acoustical Society of America, which was founded in 1929."

Wednesday, September 10, 2008

Quem é JOANA ZEIN?


Tuesday, May 13, 2008

Perto das montanhas de Zeinianus o ar seco te distraía,

Pulava poças de lava quente escurregando na cinza do gado,

Queria chegar perto do calor agudo, sentir o cheiro azedo,

Naquela montanha não havia vida, havia tua voz zombeteira,


Me olhando de longe, acanhada ficada por não conseguir avançar,

A montanha está irada, respingando o espirro contido do diabo,

O fogo, me dizia, é uma idéia retórica do passado predador,

Se tu não matas e não morres, padecerá do mal do pensamento.


Me segure pois não voltarei das montanhas, farei casa das lavas,

Irritarei dia sim dia não as entranhas das montanhas, que cuspa,

Serão bolas de fogo destruíndo vossas casas, não terão mais casas,

Não se casarão, encerrando o estado abstrato do ser diante de tudo.