Tuesday, May 13, 2008

Perto das montanhas de Zeinianus o ar seco te distraía,

Pulava poças de lava quente escurregando na cinza do gado,

Queria chegar perto do calor agudo, sentir o cheiro azedo,

Naquela montanha não havia vida, havia tua voz zombeteira,


Me olhando de longe, acanhada ficada por não conseguir avançar,

A montanha está irada, respingando o espirro contido do diabo,

O fogo, me dizia, é uma idéia retórica do passado predador,

Se tu não matas e não morres, padecerá do mal do pensamento.


Me segure pois não voltarei das montanhas, farei casa das lavas,

Irritarei dia sim dia não as entranhas das montanhas, que cuspa,

Serão bolas de fogo destruíndo vossas casas, não terão mais casas,

Não se casarão, encerrando o estado abstrato do ser diante de tudo.